Morreu, no último dia 16, Kevin Mitnick, um hacker estadunidense que fez história ao ser alvo de uma caçada do FBI nos anos 90, se tornando um dos cibercriminosos mais notórios do mundo. O homem, que posteriormente se tornou um famoso consultor de cibersegurança, faleceu aos 59 anos, vítima de um câncer no pâncreas.

Sua carreira de crimes na internet começou ainda nos primórdios da internet. Quando foi preso, os promotores alegaram que Mitnick causou danos de milhões de dólares em empresas que hackeou, como Motorola, Nokia e Sun Microsystems (fabricante de computadores adquirida pela Oracle em 2009).

Kevin Mitnick: terrorista ou incompreendido?

Kevin se tornou notório por seus crimes como hacker em 1995, quando o FBI o prendeu em uma operação amplamente divulgada que encerrou uma vigília de 24 horas em sua casa e pôs fim a mais de dois anos como fugitivo. Na época, ele foi pego com ajuda de Tsutomu Shimomura, um especialista em cibersegurança cujo computador havia sido invadido por Kevin Mitnick.

A carreira de crimes de Kevin – grande parte deles envolvendo engenharia social -, começou ainda muito novo. Ainda criança, manipulava os bilhetes de ônibus para que pudesse viajar de graça e, na adolescência, Kevin já havia invadido o computador do Comando de Defesa Aérea da América do Norte.

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Já em 1999, Kevin se declarou culpado de diversos outros crimes cibernéticos e foi condenado a mais cinco anos de prisão. Ao ser solto da cadeia, em 2000, Kevin foi proibido pelo governo norte-americano de utilizar internet sem autorização. Esse direito só foi recuperado tempos depois, após uma disputa judicial.

Nessa época, Kevin Mitnick já havia se tornado uma figura famosa entre os entusiastas da internet e entre a comunidade de cibersegurança. Quando foi condenado, por exemplo, fãs realizaram protestos nos EUA com adesivos com a escrita “Free Kevin” em seus carros. Um grupo que pedia sua libertação fez o site do New York Times ficar fora do ar por várias horas em 1998, exibindo fotos pornográficas de mulheres em sua página inicial.

Ele se definia, então, como um “gênio incompreendido”, mas o Departamento de Justiça dos EUA o considerava um “terrorista da computação”. Após ser libertado da prisão, Mitnick declarou que sua motivação para os cibercrimes era “a busca por conhecimento, o desafio intelectual, a emoção e o escapismo da realidade”.

E chegou até a virar filme: em 2000, estreou o filme Caçada Virtual (Track Down, no título original), estrelado por Skeet Ulrich no papel de Mitnick. O longa conta a história do hacker e da série de cibercrimes que cometeu antes de sua prisão, e foi baseado em um livro escrito por Tsutomu Shimomura.

Nos últimos anos, Kevin cofundou a empresa de cibersegurança KnowBe4 e atuava como consultor.


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